Friday, May 21, 2010

O Egito Negro

A civilização Egípcia deixou um imensurável legado cultural. Do abstrato: crenças, valores costumes, ao prático:  conhecimentos científicos, matemática, engenharia e astronomia. De todo este legado, destacamos as grandes construções egípcias, cujo poder de impressionar seus observadores foi o pontapé inicial no encanto europeu por esta civilização; encanto tal que fomentou uma grande intensidade de estudos sobre o Egito, principalmente no período denomidado "Egitomania" dos fins do séc. IXX.

Esta era uma época de grande avanço da economia capitalista, quando se consolidava a dominação européia sobre a economia e os bens de produção africanos, a própria dominação da África em si. Neste processo, o Homem africano, no discurso europeu, era totalmente destituído de valor, de humanidade, de capacidades intelectuais. Um selvagem. Este era o expediente europeu para legitimar sua exploração.



Como, então, este homem "inferior", sem capacidade alguma, poderia ter realizado aqueles feitos colossais e impressionantes do Antigo Egito? A resposta dos egiptólogos era clara: não realizou. Salvo notas mínimas aqui e acolá, nenhuma menção à negritude egípcia foi feita, nenhuma observação, em centenas de estudos, foi realizada sobre como a "super-civilização" mega-avançada da antiguidade era tão africana e negra quanto os povos submissos no séc. IXX.

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